Papo Coral e OSP – Carmina Burana

Um espetáculo que uniu orquestra e coral para marcar os 19 anos de fundação da Orquestra Sinfônica do Paraná com a apresentação de Carmina Burana Canções Profanas de Carl Orff. Com a regência do maestro Alessandro Sangiorgi, a orquestra teve como acompanhamento, além do Coral Nova Philarmonia, sob o comando do maestro Emanuel Martinez, a soprano Marília Vargas, o contratenor Paulo Mestre, o barítono Sebastião Teixeira e o Papo Coral Infantil, sob a regência Cristiane Alexandre.

O concerto organizado pela Sociedade Cultural Elysium e Centro Cultural Teatro Guairá, foi beneficente e fez parte também das comemorações dos 20 anos de criação da fundação Pró-Renal.

Carmina Burana é uma cantata cênica de poesias medievais extraídas de uma coleção de diversas peças compiladas no final do séc. XII.

A palavra Carmina é o plural de Carmen, que em latim significa canção. Assim, o título da obra Carmina Burana significa literalmente ”Canções de Beurens”, devido ao fato de os textos escolhidos para esta cantata secular terem sido descobertos em 1803 num velho mosteiro beneditino da Baviera, em Benediktbeuren, no sudoeste da Alemanha.

Carl Orff já foi chamado pela crítica internacional como uma espécie de Stravinski alemão. Sua música não se parece com a do compositor russo, mas como ela, parece primitiva ou primitivista e é, na verdade altamente sofisticada, na avaliação dos críticos,Orff inventou mundos sonoros inteiramente novos e fascinantes. Ele descobriu por acaso a existência da edição dos Carmina Burana de Jª Schmeller, em 1934.

Para a realização da peça, ele selecionou 24 textos da coletânea publicada por Schmeller, agrupando-os em três grandes grupos, dedicados à primavera e divididos em duas partes que incluem canções de caráter lírico que cantam a renovação e a alegria da nova estação e que falam de amores jovens e inocentes.

O segundo grupo, na Taberna, reúne canções cujo tema é o vinho e a comida e onde os outros vícios são também apontados. O terceiro grupo, que se passa na Corte do Amor, aborda novamente o tema amor, mas agora, num ambiente apaixonado e mais físico.

De acordo com especialistas, a maior parte das canções que constituem as Carmina Burana tem um caráter profano, embora se encontrem algumas canções religiosas: representações de Natal e de Páscoa, hinos, etc. Quase todos os textos são escritos em latim, alguns em alemão ou francês, outros em duas línguas (como o nº 16, diex, nox et omnia, em latim e francês).